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RELIGIÃO E MORAL
(Grupo Fides Et Ratio)
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Resumo
Este pequeno artigo oferece alguns esclareciemtos sobre os termos moral e ética, ressaltando a importância da moral e analisando as causas da desorientação em seu âmbito. Trata-se de uma pesrpectiva cristã da moral, apontando a mística como a fonte mais alta de uma moral universal, a moral da vida.

Antes de tudo, dois esclareciemto sobre o tema dessa reflexão: religião e moral. Toda religião implica uma moral, ou seja, uma reta conduta. Com a reta conduta, o cristão procura fazer a vontade de Deus, agradar-lhe. Os profetas do Antigo Testamento consideram a prática da justiça como culto prestado a Deus. De outro lado, toda religião apresenta sempre uma visão geral do mundo, que permite à pessoa situar-se na realidade e atuar sobre ela. Não vou tratar da religião em geral e a moral. Tratarei de uma forma determoinada de religião: o cristianismoenquanto assumido e vivido pela Igreja Catolica.
O outro esclareciemnto refere-se aos termos ética e moral. Na prática, são equivalentes. Teoricamente, porem, são distintos. A moral é uma atividade prática. Designa o conjunto de normas referentes à reta conduta humana, ou seja, o bem a ser feito e o mal a ser evitado. Ética, por sua vez, é a teoria da moral, o mudo de conceber a moral: a sua oriem, a sua natureza, os seus objetivos. A moral é prescritiva: refere-se ao dever. a ética é descritiva. Ela nao emite, como a moral, juízo, mas juízo de realidade. Vo desenvolver a presente reflexão em cinco pontos que serão publicados ao longo do mês: o que é a moral, sua importância, a desorientação hoje existente no campo da moral, como a Igreja concebe a moral e a originalidade da moral cristã.

1. O QUE É A MORAL?

A moral designa, ante de tudo, aquilo que é objetivamente bom e, portanto, deve ser feito pela pessoa, independentemente da vantagens ou desvantagens que daí possam provir. Socrates expresou muito bem esse caráter da moral quando disse que preferia ser vítima da injustiça a cometer injustiça. Quando a pessoa assume essa postura existencial nao só os seus atos são bons, mas ela mesma se torna boa moralmente. Torna-se uma boa árvore, que produz sempre bons frutos. Em outras palavras, torna-se uma pessoa virtuosa.
A moral também designa aquilo que é digno do ser humano por oposição ao que é indigno. Ser fiel a um amigo é digno do ser humano. Ser infiel é indigno. Defender a vida de um inocente é digno do ser humano. Tirá a vida de um inocente é indigno.
A moral designa ainda aqueles atos que estão não só de acordo com o dever, mas que são feitos por respeito ao dever, na expressão de Kant. Se um comerciante vende sempre pelo preço justo para não perder a freguesia, ele não coloca um ato moral. Mas, se ele vende pelo preço justo por respeito ao dever (é a sua consciência que exige isso), enão o seu ato é moral.
(Continua...)

Por Frei Alexandre, OFMCap
Promotor Vocacional - Teresina PI

Livros indicados à leitura
1. CHALITA, Gabriel. Os dez mandamentos da Ética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003. p. 28.
2. ZINGANO, Marco. Estudos de Ética Antiga. 2. Ed. São Paulo: Paulus, 2009.
3. REALE, Giovanni. Historia da Filosofia: Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Paulus. v. I . p. 208.