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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Diálogo entre católicos e ortodoxos sobre primado do Papa

 
VIENA, quinta-feira, 30 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - Uma das questões centrais que provocou há quase mil anos o cisma entre as Igrejas Ortodoxas e Roma, o primado do Papa, converteu-se no centro da fase atual do diálogo teológico entre católicos e ortodoxos em busca da unidade plena.
"O papel do bispo de Roma na comunhão da Igreja no primeiro milênio" foi precisamente o tema da 12ª sessão plenária da Comissão Mista Internacional para o Diálogo entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica, realizada em Viena de 20 a 27 de setembro.
A reunião continuou trabalhando na redação de um documento conjunto, que começou a ser elaborada em 2009, durante a assembleia plenária do ano passado, celebrada em Pafos, Chipre.
"Nesta fase - revela o comunicado conjunto emitido pelos representantes católicos e ortodoxos no final do encontro -, a Comissão está discutindo este texto como um documento de trabalho e foi decidido que o texto deveria ser revisado. Foi decidido também formar uma subcomissão para começar a considerar os aspectos teológicos e eclesiásticos do primado em sua relação com a sinodalidade."
As comissões ortodoxa e católica sabiam perfeitamente, em 2007, quando foi decidido enfrentar a questão do primado do bispo de Roma em suas reuniões, que não resolveriam em poucos meses ou anos a questão mais decisiva do grande cisma do Oriente que separou o cristianismo em 1054. A reunião de Viena mostrou que, embora o caminho seja longo, a vontade de avançar é do interesse de católicos e ortodoxos, o que já foi visto como algo importante.
Em 24 de setembro, os dois copresidentes concederam uma coletiva de imprensa; por parte católica, o arcebispo Kurt Koch, novo presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos; e da parte ortodoxa, o metropolitano João Zizioulas de Pérgamo.
Este último constatou que "neste momento não há nuvens de desconfiança entre nossas duas igrejas. Nossos antecessores, em especial os responsáveis de ambas as igrejas, tanto por parte católica como ortodoxa, prepararam o caminho para uma discussão amigável e fraterna. E este espírito prevaleceu em nossas discussões".
"E por isso - acrescentou o representante ortodoxo - desejo assegurar que se continuarmos assim, Deus encontrará um caminho para superar as dificuldades que restam, e levará à plena comunhão nossas duas igrejas - as igrejas mais antigas, que compartilham o mesmo passado ecumênico, as mesmas tradições, o mesmo sentido da Igreja."
O arcebispo Koch, tocando na questão do primado do bispo de Roma, recordou que Joseph Ratzinger já havia afirmado, numa famosa conferência, pronunciada em Graz, em 1976, que "não podemos esperar mais da Ortodoxia o que se vivia no primeiro milênio".
"Portanto, a discussão fundamental é sobre como estas igrejas viviam no primeiro milênio e como podemos encontrar um novo caminho comum hoje. Esta discussão necessita de espaços de liberdade e paciência."
"Sei que algumas pessoas podem estar impacientes, mas a paciência é uma expressão do amor - garantiu o prelado suíço. As pessoas sabem, por experiência, o significado de duas pessoas que se separarem num matrimônio. E nós levamos mil anos de separação. Devemos e queremos empreender novos caminhos, pois Jesus nos deu a missão de viver juntos."
Na homilia, que o cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, dirigiu na catedral da cidade durante a Eucaristia celebrada pelos membros católicos, na presença dos ortodoxos, explicou que "temos e necessitamos de um primado no sentido canônico, mas sobre ele está o primado da caridade. Todas as disposições canônicas na Igreja servem a este primado do amor".

fonte: Zenit

Segue um vídeo sobre ecumenismo com a Igreja Ortodoxa (Em espanhol-español)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A ORIGEM DA VIDA CONSAGRADA

O Fundamento da Vida Consagrada é Jesus Cristo. Ele que sendo de condição divina não quis viver segundo a glória que tinha, mas se esvaziou, veio a este mundo, tornando-se um de nós, e em atitude de humildade se entregou até à morte e morte de Cruz (cf fil 2, 1-11s). É Ele próprio quem faz apelo para o seu seguimento: “Jesus subiu ao monte e chamou os que Ele quis escolher e foram até Ele” ( Mc3,13); Constituiu o grupo dos doze para que ficassem com Ele... e os enviou a pregar, com poder de expulsar os demônios e realizar a mesma missão que Ele realizava.


Além do apelo aos discípulos e aos doze, lança convite ao jovem rico, e como condição da vida em perfeição manda deixar tudo, vender os bens e dar aos pobres, isso seriam as condições para o seguimento. E Fala de alguns que renunciam à vida conjugal e abraçam o celibato por causa do Reino de Deus (Mt 19, 12 a 21).Também São Paulo Apóstolo fala que escolheu viver sem casar para facilitar a missão (1cor 7, 7)Nos primeiros tempos do Cristianismo temos o testemunho de homens e mulheres que viviam sem casa em vida de oração e serviço a Deus e aos pobres, bem como o testemunho dos mártires e das virgens que escolhiam morrer preservando a virgindade.


A Vida Religiosa surge como sua primeira forma, no séc III e IV com os Monges do Deserto que buscam viver em oração,silêncio, penitência, jejum e trabalho (Santo Antão, São Basílio, São Pacômio), Mais tarde, São Jerônimo, Santo Agostinho, São Bento. No Séc.XII e XIII São Francisco de Assis e São Domingos, chamadas Ordem dos Mendicantes e a Ordem Feminina, com Santa Clara de Assis.


Assim a Vida Consagrada se expandiu sempre mais através das Congregações Religiosas de Vida contemplativa e ativa. Hoje a ela é chamada a viver sempre mais comprometida com o profetismo, no anúncio, na denúncia, na renuncia e no testemunho, assumindo a fidelidade dinâmica e criativa que lhe é própria, vivendo a radicalidade do batismo, dentro dela mesma, na Igreja, na sociedade através de sua opção preferencial, audaciosa e atualizada pelos empobrecidos e excluídos da sociedade,vivendo a missão de Jesus, sendo sinal para o mundo, anunciando o Reino de Deus. Por sua natureza ela é profética e sempre é chamada a radicalizar seu jeito de viver e anunciar o Evangelho com seu próprio jeito de ser.


É Jesus a sua força, seu sustento, seu alento, sua luz; por isso o Consagrado busca na palavra de Deus, na oração contínua e na Eucaristia o vigor e as graças necessárias para continuar servindo a Deus e aos irmãos e irmãs com alegria, coragem e esperança


Fonte: Por Irmã Eva Maria Nunes