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sábado, 8 de janeiro de 2011

OS JOVENS, ESPERANÇA DA IGREJA: TEMA DO I ENCONTRO VOCACIONAL DE 2011

Em tantos países do mundo, eles representam a metade de toda a população e, muitas vezes, a metade numérica do próprio povo de Deus que vive nesses países. Já sob esse ponto de vista, os jovens constituem uma força excepcional e são um grande desafio para o futuro da Igreja. Nos jovens, efetivamente, a Igreja lê o seu caminho para o futuro que a espera e encontra a imagem e o convite daquela alegre juventude com que o Espírito de Cristo constantemente a enriquece. Nesse sentido, o Concílio definiu os jovens como “esperança da Igreja”.
Na carta escrita aos jovens do mundo, em 31 de março de 1985, lê-se: “A Igreja olha para os jovens: antes, a Igreja, de um modo especial, vê-se a si mesma nos jovens, em todos vós e, ao mesmo tempo, em cada uma e em cada um de vós”. Foi assim desde o princípio, desde os tempos apostólicos. As palavras de São João na sua Primeira Carta podem dar disso um especial testemunho: “Eu lhes escrevo, filhinhos, porque os pecados de vocês foram perdoados pelo poder do nome de Jesus. Eu lhes escrevo, pais porque vocês conhecem aquele que existia desde o princípio. Eu lhes escrevo, jovens, porque vencestes o Maligno. Eu lhes escrevi, filhinhos, porque vocês conheceram o Pai [...]. Eu lhes escrevi, jovens, porque vocês são fortes, e a palavra de Deus permanece em vocês e vocês venceram o Maligno”. (1 Jo 2,12ss.).
Na nossa geração, ao fim do segundo milênio depois de Cristo, também a Igreja vê-se a si mesma nos jovens. "Os jovens (Vocacionados) não devem ser considerados simplesmente como o objeto da solicitude pastoral da Igreja: são de fato e devem ser encorajados a serem sujeitos ativos, protagonistas da evangelização e artífices da renovação social”. A juventude é o tempo de uma descoberta particularmente intensa do próprio “eu” e do próprio “projeto de vida”, é o tempo de um crescimento que deve realizar-se “em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52).
Como disseram os padres sinodais (Assembléia regular de párocos convocada pelo bispo = sínodo diocesano): “a sensibilidade dos jovens intui profundamente os valores da justiça, da não-violência e da paz. O seu coração está aberto à fraternidade, à amizade e à solidariedade. Deixam-se mobilizar ao máximo em favor das causas que concernem à qualidade da vida e à conservação da natureza. Mas, estão eles também cheios de inquietações, de desilusões, angústias e receios do mundo, para além das tentações próprias do seu estado”.
A Igreja deve reviver o amor de predileção que Jesus mostrou ao jovem do Evangelho: “Jesus, olhando para ele, amou-o” (Mc 10,21). Por isso, a Igreja não se cansa de anunciar Jesus Cristo, proclamar o seu Evangelho como a única e, superabundante resposta às mais radicais aspirações dos jovens, como a resposta forte e entusiasta de um seguimento pessoal: “Vem e segue-me!” (Mc 10,21), que comporta a vivência do amor filial de Jesus pelo Pai e a participação na salvação da humanidade.
Vejamos ainda o que nos diz o Documento de Aparecida (V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe) sobre os jovens. A sua Santidade o Papa Bento XVI em seu discurso aos jovens, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, o papa chamou a atenção sobre a “devastação ambiental da Amazônia e as ameaças à dignidade humana de seus povos” e pediu aos jovens “um maior compromisso nos mais diversos espaços de ação”.
O Doc. de Aparecida, afirma que nosso Continente é da Esperança e do Amor, no n° 127 torna isso muito claro em forma de agradecimento e informação: “Como discípulos e missionários agradecemos a Deus porque a maioria dos latino-americanos e caribenhos estão batizados. A providência de Deus nos confiou o precioso patrimônio de pertencer à Igreja pelo dom do Batismo que nos tem feito membros do Corpo de Cristo, povo de Deus peregrino em terras americanas há mais de quinhentos anos. Alenta nossa esperança a multidão de nossas crianças, os ideais de nossos jovens e o heroísmo de muitas de nossas famílias que, apesar das crescentes dificuldades, seguem sendo fiéis ao amor. Agradecemos a Deus a religiosidade de nossos povos que resplandece na devoção ao Cristo sofredor e à sua Mãe Bendita, na veneração aos Santos com suas festas patronais, no amor ao Papa e aos demais pastores, no amor à Igreja universal como grande família de Deus que nunca pode nem deve deixar seus próprios filhos a sós ou na miséria”.
A V Conferência faz um chamado urgente a todos os cristãos, especialmente aos JOVENS, para que estejam abertos a uma possível chamada de Deus ao Sacerdócio ou à vida consagrada; recorda que o Senhor dará a graça necessária para responder com decisão e generosidade, apesar dos problemas gerados por uma cultura secularizada, centralizada no consumismo e no prazer (Cf. DA, nº 315, p.144).
Os JOVENS são sensíveis a descobrir sua vocação a ser amigos e discípulos de Cristo. São chamados a ser “sentinelas da manhã” (JOÃO PAULO II, Mensagem para a XVIII Jornada Mundial da Juventude, Toronto, 28 de julho de 2002, n°6), comprometendo-se na renovação do mundo à luz do Plano de Deus. Continua o Documento: “Por sua generosidade, são chamados a servir a seus irmãos, especialmente aos mais necessitados, com todo o seu tempo e vida” (Cf. DA, n° 443, p198).           

Frei Alexandre, OFMCap.
A Serviço da Animação Vocacional

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A ORIGEM DA VIDA CONSAGRADA

O Fundamento da Vida Consagrada é Jesus Cristo. Ele que sendo de condição divina não quis viver segundo a glória que tinha, mas se esvaziou, veio a este mundo, tornando-se um de nós, e em atitude de humildade se entregou até à morte e morte de Cruz (cf fil 2, 1-11s). É Ele próprio quem faz apelo para o seu seguimento: “Jesus subiu ao monte e chamou os que Ele quis escolher e foram até Ele” ( Mc3,13); Constituiu o grupo dos doze para que ficassem com Ele... e os enviou a pregar, com poder de expulsar os demônios e realizar a mesma missão que Ele realizava.


Além do apelo aos discípulos e aos doze, lança convite ao jovem rico, e como condição da vida em perfeição manda deixar tudo, vender os bens e dar aos pobres, isso seriam as condições para o seguimento. E Fala de alguns que renunciam à vida conjugal e abraçam o celibato por causa do Reino de Deus (Mt 19, 12 a 21).Também São Paulo Apóstolo fala que escolheu viver sem casar para facilitar a missão (1cor 7, 7)Nos primeiros tempos do Cristianismo temos o testemunho de homens e mulheres que viviam sem casa em vida de oração e serviço a Deus e aos pobres, bem como o testemunho dos mártires e das virgens que escolhiam morrer preservando a virgindade.


A Vida Religiosa surge como sua primeira forma, no séc III e IV com os Monges do Deserto que buscam viver em oração,silêncio, penitência, jejum e trabalho (Santo Antão, São Basílio, São Pacômio), Mais tarde, São Jerônimo, Santo Agostinho, São Bento. No Séc.XII e XIII São Francisco de Assis e São Domingos, chamadas Ordem dos Mendicantes e a Ordem Feminina, com Santa Clara de Assis.


Assim a Vida Consagrada se expandiu sempre mais através das Congregações Religiosas de Vida contemplativa e ativa. Hoje a ela é chamada a viver sempre mais comprometida com o profetismo, no anúncio, na denúncia, na renuncia e no testemunho, assumindo a fidelidade dinâmica e criativa que lhe é própria, vivendo a radicalidade do batismo, dentro dela mesma, na Igreja, na sociedade através de sua opção preferencial, audaciosa e atualizada pelos empobrecidos e excluídos da sociedade,vivendo a missão de Jesus, sendo sinal para o mundo, anunciando o Reino de Deus. Por sua natureza ela é profética e sempre é chamada a radicalizar seu jeito de viver e anunciar o Evangelho com seu próprio jeito de ser.


É Jesus a sua força, seu sustento, seu alento, sua luz; por isso o Consagrado busca na palavra de Deus, na oração contínua e na Eucaristia o vigor e as graças necessárias para continuar servindo a Deus e aos irmãos e irmãs com alegria, coragem e esperança


Fonte: Por Irmã Eva Maria Nunes